domingo, 9 de novembro de 2008

Carlos Alberto Soffredini (Santos SP 1939 - São Paulo SP 2001). Autor e diretor. Trabalhando com grupos teatrais característicos da década de 70, Soffredini constrói sua carreira como diretor e dramaturgo, funções que costuma acumular nos projetos que realiza, tendo como premissa a pesquisa da cultura popular brasileira.
Forma-se em letras na Faculdade de Filosofia de Santos, onde participa de um grupo amador como diretor e autor. Em 1967, ganha o Prêmio do Serviço Nacional de Teatro, SNT, pelo texto O Caso Dessa tal de Mafalda que Deu o que Falar e que Acabou como Acabou, num Dia de Carnaval. Forma-se ator pela Escola de Arte Dramática, EAD, onde dirige, em 1972, Mais Quero Asno que me Carregue que Cavalo que me Derrube, adaptação que realiza para A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Em 1975, é convidado a dirigir a peça Farsa do Cangaceiro, Truco e Padre, de Chico de Assis, com produção do Teatro de Cordel de São Paulo. Para realizar o espetáculo, estuda as manifestações cênicas populares e faz levantamentos em circos-teatro da periferia de São Paulo e de cidades do interior. Em 1976, o Sesc o convida para liderar o Projeto Mambembe, para desenvolver espetáculos, com base na cultura popular brasileira, para apresentações em praças públicas. Funda o Grupo de Teatro Mambembe, que se guia pela investigação da linguagem visual das formas cênicas brasileiras, dos signos da representação dos intérpretes populares de circo ou televisivos e da estrutura dos textos brasileiros e de língua portuguesa. Soffredini encarrega-se da concepção geral do trabalho, da dramaturgia, da organização das marcações cênicas e das coreografias. Esse projeto produziu a peça A Vida do Grande Dom Quixote de la Mancha e do Gordo Sancho Pança, adaptada do texto de Antônio José da Silva, com temporada iniciada em 1976. Com o fim do apoio do Sesc, em 1977, alguns atores decidem manter o grupo e no mesmo ano apresentam A Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Adaptada em processo de criação coletiva, incorpora números de canto e dança inspirados nas revistas musicais brasileiras do século XIX e início do XX. Nesse período, já trabalhando com o Pessoal do Victor no espetáculo Na Carrera do Divino, escreve a peça Vem Buscar-me que Ainda Sou Teu, que o grupo Mambembe resolve montar, com direção de Iacov Hillel. O texto apóia-se no depoimento de circenses retratando os valores tradicionais de uma família do circo. É premiado com o Associação Paulista de Críticos de Artes, APCA, Apetesp e Mambembe por ambos os textos. Em 1990, Gabriel Villela encena essa peça, recebendo uma série de prêmios. Em 1985, Soffredini funda o Núcleo de Estética Teatral Popular, que remonta várias peças de sua autoria. Em 1987, o grupo Ponkã o convida para escrever Pássaro do Poente, com base em uma lenda popular japonesa, espetáculo inspirado e dirigido por Marcio Aurelio, levando o Prêmio Mambembe de melhor autor. Em Vacalhau e Binho, 1993, grande sucesso de público, utiliza vários textos de Zé Fidélis (personagem criada por Gino Cortopassi para um programa de rádio) e os justapõe em uma série de quadros que têm como elo de ligação um casal de atores portugueses.
Em cinema, é premiado com o Kikito do Festival de Gramado de 1985 pelo roteiro de A Marvada Carne, baseado na peça Na Carrera do Divino. Junto com Walter Avancini, escreve a telenovela Brasileiras e Brasileiros, transmitida pelo SBT de 1990 a 1991.
Soffredini é um autor que sempre se lançou à experimentação, transpondo histórias populares para o teatro, buscando não a reprodução realista das formas populares, mas a revelação do universo poético presente em seus conteúdos. para os que não sabem o carlos albertso soffredini e um dos meus favoritos autores .porque sinceramente sou fanatica pela a arte circense.por sua magia e pelos incriveis textos dele que me fazem viajar sem parar .eis aqui a minha dica. sempre leia. leiam muito. e se possivel de uma lida em uma das obras de carlos alberto soffredini.FuI...

Nenhum comentário: